Maioria dos brasileiros também defende regulamentação contra supersalários e medidas para ampliar diversidade no setor
A avaliação da população brasileira sobre os serviços prestados pelos servidores públicos melhorou nos últimos anos, segundo uma pesquisa da Datafolha realizada em junho. Neste ano, 46% dos entrevistados deram notas entre 8 e 10 para o funcionalismo. Em 2021, esse percentual era de 36%.
Ainda na edição deste ano, 20% dos participantes deram nota 10 ao desempenho dos profissionais do serviço público. A pesquisa “Opinião dos brasileiros sobre a Gestão de Pessoas e Lideranças no Setor Público”, encomendada pelo Movimento Pessoas à Frente, ouviu 2.008 pessoas em todas as regiões do país, entre 9 e 12 de junho de 2025.
Outro destaque do levantamento é a percepção sobre a profissionalização do serviço público. Para 74% dos entrevistados, medidas como concursos, progressão de carreira e capacitação ajudam a combater a corrupção e a melhorar a qualidade do atendimento. A gestão de desempenho, com avaliações frequentes e recompensas ou punições de acordo com os resultados, tem aprovação de 94%.
A pesquisa também mostrou que 92% da população acreditam que servidores poderiam oferecer mais à sociedade se tivessem melhores condições de trabalho. Além disso, 75% enxergam a estabilidade no emprego como um mecanismo de proteção contra pressões ou perseguições políticas.
Além disso, a maioria (83%) dos brasileiros é favorável a uma regulamentação mais rígida para evitar o pagamento de supersalários no setor público, ou seja, valores que ultrapassam o teto constitucional, atualmente em torno de R$ 46,3 mil.
Diversidade de servidores
Os entrevistados demonstraram apoio à ampliação da diversidade no funcionalismo: 80% defendem reserva de vagas em cargos de liderança para mulheres, negros, indígenas e quilombolas. Outros 82% concordam com cotas em concursos, além do aumento da representatividade racial melhoraria a prestação de serviços. No caso das mulheres, o índice chegou a 90%.
Medidas de combate ao assédio também receberam ampla aceitação. Para 89%, programas específicos são importantes, enquanto 92% apoiam a criação de redes de apoio entre mulheres servidoras.
Fonte: Extra (RJ)
