Poder trabalhar uma parte do
horário de expediente de casa, com a adequação da agenda às necessidades e
rotinas pessoais, é sonho para muita gente. E está perto de se tornar realidade
para servidores administrativos da AGU. Nos próximos meses, a instituição
colocará em fase de teste o projeto Jornada de Trabalho Semipresencial.
O objetivo do programa é
oferecer qualidade de vida aos profissionais que atuam na instituição e, ao
mesmo tempo, reduzir custos de manutenção. A previsão é de que as inscrições
para fazer parte do projeto possam ser feitas a partir do dia 7 de dezembro.
Na fase piloto, que durará
seis meses, poderão participar servidores da Secretaria-Geral de Administração
e das secretarias de Administração regionais que não ocupem cargos em comissão
ou funções gratificadas. Cerca de 260 estão aptos a ingressar imediatamente no
programa, segundo os organizadores. Será necessário, ainda, ter disponível em
casa todos os equipamentos necessários, como computadores, material de
escritório e telefone.
Nessa primeira fase, a AGU
avalia a quantidade de adesões ao projeto. A intenção é, a partir da
experiência, adequá-lo à realidade dos colaboradores da casa. "Num segundo
momento, podemos estender o projeto a todas as áreas da Advocacia-Geral com
atividades compatíveis a serem executadas longe da instituição", declarou
a adjunta de Gestão Estratégica, Rosângela Oliveira, durante o anúncio do
lançamento da iniciativa, em outubro.
O profissional que aderir à
jornada semipresencial cumprirá cinco horas do expediente no local de trabalho.
Outras três horas da jornada serão completadas com demandas executadas em casa,
com volume, prazo e produções pré-estabelecidas com as chefias. Os participantes
poderão, ainda, escolher o horário para desenvolver as demandas, desde que o
serviço do dia seja entregue dentro do tempo determinado.
O anúncio de implantação do
programa animou alguns servidores da casa. A assistente administrativa
Gilvanise Motta, da SAD/PE, por exemplo, já avisou que pretende participar.
"Desde maio venho trabalhando à noite em casa apenas para deixar os
trabalhos de minha responsabilidade totalmente em dia. Em casa eu fico mais
confortável, com assistência da minha filha e do meu neto", conta.
De acordo com a
secretária-geral de Administração, Patrícia Amorim, o objetivo do programa é
justamente melhorar a qualidade de vida do servidor. "Permitindo que ele
execute três horas da jornada de trabalho remotamente em casa, junto com seus
filhos e com outras atividades domésticas costumeiras, o profissional também
não enfrentará o horário de grande fluxo no trânsito", explica.
A secretária-geral informou
ainda que a instituição também será beneficiada com o projeto, uma vez que o trabalho
"doméstico" do servidor será focado na produção. Patrícia explica
que, no futuro, existe a possibilidade de fechar salas durante o trabalho
remoto dos servidores, o que deve possibilitar economia de recursos como
energia elétrica, telefone e materiais de escritório.
Experiência positiva
O Tribunal de Contas da
União (TCU) implementou projeto semelhante em 2009 nos padrões que serão
adotados pela AGU. Recentemente, uma pesquisa feita com gestores e
participantes da modalidade apontou como satisfatória e positiva a experiência.
Dentre os benefícios
listados na enquete, estão o aumento de produtividade, a redução dos
deslocamentos e a melhoria da qualidade do trabalho. A produção também teve
aumento de mais de 70% em todos os setores, segundo o TCU.
Na AGU, servidores como a
oficial de serviços econômicos na UA/MG Vera Cunha, devem aderir em busca de
uma rotina menos estressante. A servidora afirma que o projeto vai permitir que
ela cuide da saúde e da família nos horários alternativos. "Achei interessante
e pretendo experimentá-lo. Terei mais tempo para cuidar da saúde. Eu já tenho
um cardiologista que cuida do meu coração, mas gostaria de outros
cuidados", contou.
Fonte: Assessoria de
Imprensa da AGU