Intenção
do Governo Interino é acabar com paridade. Entidades sindicais prometem reagir.
A intenção do governo
federal de acabar com a paridade de vencimentos entre os servidores e os
aposentados — quando os reajustes concedidos aos ativos não precisam mais ser
aplicados aos inativos e aos pensionistas, que passam a ter apenas a correção
da inflação do período — foi criticada por entidades de classe do funcionalismo.
O desejo de mudança foi antecipado pelo “O Globo”, ontem. E, segundo a
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), por
exemplo, a desvinculação das correções salariais poderá causar uma diferença de
até 35% nos vencimentos.
— É mais um ataque ao
funcionalismo. Essa desvinculação já acontece com quem entrou no serviço
público após 2003 (graças à Emenda Constitucional 41, que alterou as regras de
aposentadoria do funcionalismo). Agora, a União quer alterar um direito de
funcionários anteriores a esse período, o que é questionável — disse Sérgio
Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef, ao EXTRA.
A intenção do governo é
diminuir o peso de reajustes futuros sobre as aposentadorias. A justificativa
cita que, com os aumentos oferecidos entre 20110 e 2015, o peso dos benefícios
dos inativos aumentou de forma “descontrolada”. Procurada, a Casa Civil, que
está à frente dos estudos sobre mudanças na Previdência, de forma geral, não se
manifestou a respeito da intenção. O ministro-chefe Eliseu Padilha já declarou
que é “prioridade” a discussão da reforma (para a iniciativa privada) ainda
este ano (podendo incluir questões ligadas ao serviço público). A Condsef e
outras entidades prometem lutar contra.
Fonte: Jornal Extra